O conceito de resiliência reflete a capacidade individual de enfrentar positivamente as dificuldades, apesar do impacto negativo da adversidade. Marrie-Pierre-Poirer
Ao longo desse texto, nosso objetivo sera o de conhecer melhor um tema que vem sendo muito discutido atualmente pela psicologia, conhecido como resiliência, que tem profunda relação com a formação de identidade do jovem.
É necessário ressaltar que a construção da identidade no adolescente ocorre a partir de seus atributos pessoais e de sua capacidade de conhecer a si próprio, em constante embate, confronto e diálogo com o outro. Ao se diferenciar dos outros, o adolescente reafirma o que é e percebe mais claramente o que não é. (ASSIS, PESCE; AVANCE, 2006. p. 14)
O tem resiliência surgiu no meio cientifico há pouco mais de 40 anos, momento em que se discute bastante sobre as condições de vida em que se encontram alguns grupos sociais considerados mais vulneráveis, tais como o dos jovens, crianças e idosos. Não estamos dizendo que esse empasse é recente, tendo em vista que o modo como o homem supera as adversidades de sua existência sempre foi alvo de inúmeras pesquisas e reflexões.
O termo resiliência inicialmente foi utilizado pelas ciências exatas, em especial pela física e engenharia, que a definiram como "a energia de deformação máxima que um material é capaz de armazenar sem sofrer alterações permanentes". À medida que o termo se tornou conhecido, foi incorporado por outras áreas do conhecimento humano. No caso da área médica, essa palavra representa "a capacidade de uma pessoa resistir a doenças, infecções ou intervenções com ou sem a ajuda de medicamentos".
Para ciências humana, área que buscamos compreender, esse conceito tornou-se bastante significativo para os estudos de psicologia, sendo entendido a partir de um amplo conjunto de fatores, intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo. De um modo geral, compreendemos que resiliência significa:
a capacidade de resistir às adversidades, a força necessária para a saúde mental estabelecer-se durante a vida, mesmo após a exposição a riscos (...) também significa a habilidade de se acomodar e de se reequilibrar constantemente, frente às adversidades.
Diante da complexidade do termo, Slap afirma que é mais fácil concordar sobre o que resiliência não significa. Esse autor se justifica explicando que esse termo não é apenas o oposto do risco de vida, tampouco algum sinônimo de proteção desenvolvida para se enfrentar as adversidades da vida. Ainda, o atual significado de resiliência já não pode ser confundido com o antigo, que a entendia como a capacidade individual de adaptação em um ambiente desasjustado.
Para compreendermos efetivamento o sentido de resiliência, primeiramente devemos definir o que entendemos como adaptação bem sucedida e ambiente dasajustado.
Noção cultural de resiliência
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Kumpfer propõe uma síntese de diferentes dom´pinios para a aquisição da resiliência:
estressores ou desafios
contexto ambiental
confluência entre individuo e ambiente
carcaterísticas idividuais internas
escolhas de ações e atitudes que ajudem a recuperar o equiilibrio perdido.
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Primeiros anos de vida:
- São decisivos para o desenvolvimento da criança e de seu potencial de resiliência
- Definidos pelas in terações e pela riqueza de estimulação
- Nesse período, a criança já é capaz de encarar com otimismo as novidades e dificuldades que surgem
- Também é o momento em que são formados aspectos como o significado dos limites e o sentimento de confiança entre si e no mundo, se tais aspectos não estiverem bem formados, o individuo pode apresentar certa capacidade de tolerar frustrações.
Período de 4 a 7 anos
- As relações afetivas ~sao estendidas
- A criança já é capaz de planejar e tomar iniciativa se tiver alguém para apoia-la
- A escola começa a desempenhar um papel fundamental, principalmente na área afetiva, estimulando a autoconfiana e dando à criança oportunidades para perceber suas potencialidades.
- Atenção: o sucesso escolar não está diretamente relacionado à capacidade de resiliência da criança.
Período de 8 a 11 anos
- A criança necessita receber aprovação por sua produtividade.
- A avaliação da competência está em alta nessa fase, assim como o senso de in ferioridade quando fracassa diante de algo.
- Inicia-se a puberdade e os pares são fundamentais nessa etapa de tantas mudanças.
- Ocorrência de alterações emocionais. Acentua-se o processo de identificação de si mesmo. Afasta-se da convivência familiar, buscando mais independência.
- Diante de tantas alterações surgem muitos episódios que afetam a confiança, provocando inseguranças e incertezas.
Adolescência:
- Os afetos e os conflitos são ampliados. Reflexões sobre a própria identidade e o papel que deve desempenhar.
- Em geral, ocorre um desajuste consigo mesmo, havendo maior necessidade de afirmação pessoal e de busca de autonomia e independência em relação á família.
- As relações amorosas são valorizadas e o sentimento de confiança e instável.
Adulto
- Os afetos alcançam maior desenvolvimento e demandam o estabelecimento de novos núcleos familiares.
- A capacidade de estabelecer maior intimidade afetividade com o parceito(s) e/ou filho(s) é uma das maiores necessidades.
- A competência e a satisfação com a ocupação profissional assume fundamental importância nesse momento.
Terceira Idade:
- Idosos com boa saúde consideram essa fase como o tempo da resiliência e da fortaleza. Entretanto, por ser uma fase em que o individuo enfrenta mais problemas de saúde, geralmente estão mais fragilizados e com mais çproblemas de saúde, geralmente estão mais fragilizados e com mais dificuldades para superar ou enfrentar as adversidades, principalemente quando sentem que não conseguem mais lidar com a deterioração física e com as perdas sofridas.
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