quarta-feira, 6 de maio de 2020

Uma condição rara que surge em crianças pode estar ligada ao Covid-19


Uma condição rara que surge em crianças pode estar ligada ao Covid-19


Mais de duas dúzias de crianças foram internadas em um hospital de Nova York nas últimas semanas com uma doença misteriosa que parece estar ligada ao coronavírus.


A condição, que também apareceu em crianças na Europa, compartilha sintomas da doença de Kawasaki, uma doença pediátrica rara e intrigante que envolve inflamação dos vasos sanguíneos. Mas muitas crianças entraram em choque - uma complicação geralmente não associada à doença de Kawasaki.

Alguns médicos suspeitam que o que estão vendo é uma reação exagerada e maciça ao Covid-19 pelo sistema imunológico do corpo, uma indicação de que o risco do vírus para as crianças pode ser maior do que o previsto. Enquanto nenhuma criança morreu, algumas precisaram de ventiladores.

O departamento de saúde da cidade de Nova York divulgou um boletim na segunda-feira alertando os profissionais de saúde e os pais a ficarem atentos aos sintomas, que incluem febre, erupção cutânea, línguas avermelhadas, vômitos e diarreia. Médicos na Grã-Bretanha, Itália e Espanha também foram alertados para cuidar da doença em crianças.

As crianças podem espalhar o vírus? Ao contrário da crença popular, a resposta parece ser sim. Menos crianças do que adultos pegam o vírus e seus casos tendem a ser leves. Mas dois novos estudos sugerem que eles podem transmitir a infecção com a mesma facilidade, em parte porque tendem a ter muito mais contatos em um dia, especialmente na escola.

Uma maneira de testar a reabertura de escolas: dois pesquisadores médicos noruegueses propuseram um ensaio clínico randomizado para verificar se é seguro abrir escolas novamente.


Eles sugerem a abertura das escolas de um distrito por algumas semanas, com metade do número habitual de estudantes e um distanciamento social de um metro e meio, enquanto um distrito vizinho permanece fechado. Todos os alunos e professores seriam testados para o vírus antes e depois.

Se a transmissão não aumentar nas escolas reabertas, o procedimento será repetido com mais alunos e menos distância a cada vez, até que, com sorte, as escolas pussam reabrir normalmente.

Fonte: New York Times
Tradução: Denise Mardegan

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